As lições de negócios da Disney
- Fabianne Pacini
- 18 de jul. de 2018
- 3 min de leitura
Em mês de férias escolares aquela ida à Disney para quem tem filhos acaba acontecendo e é inevitável para quem é da área de branding não prestar atenção aos esforços da Disney Co. para manter legiões de clientes fiéis e apaixonados no mundo todo - nos 4 cantos do planeta, independente de raça ou credo.
Todos sem exceção, da recepção ao camareiro de um hotel, os funcionários na entrada nos parques e nas atrações, os garçons nos restaurantes e os salva-vidas, estão trabalhando na mesma direção e com um objetivo-comum: proporcionar a melhor experiência para os visitantes. Todos sabem o que têm que fazer e o que têm que falar. A mágica está nas palavras e nas ações.
Quanto custou para a empresa criar e quanto custa manter essa excelência como a maior marca de mídia do mundo, que vale hoje USD 34,4 bilhões, segundo a Brand Finance? Quanto custa treinar e capacitar toda essa força de trabalho de 195.000 pessoas no mundo (em 2016)? Custa tanto que sua expertise virou referência mundial de know-how, processos, e executivos de todas as áreas de negócio pagam para ter acesso e aprender a fazer como a Disney: construir uma marca que respeita seu público (começando pelo interno, os funcionários), manter sua essência (com procedimentos e normas que protegem esse valor) e com muita ética conseguir traduzir isso tudo em mais negócios. Todos trabalhando juntos em prol de um mesmo objetivo e com muita consistência. Até o Mickey e a Minnie tem prazo para tirar fotos, porque se a pessoa que está lá dentro da fantasia não estiver se sentindo bem, a mágica não acontece. A The Walt Disney Company sabe disso. Ela mantém camarins arejados e com estrutura para preservar o bem-estar desse profissional. Ela sabe lidar com gente, o principal ativo de qualquer empresa, de qualquer setor de mercado e, por isso, sempre a prioridade de um líder.

Não é a toa que a Disney completa 95 anos de sucesso em outubro e a marca de USD 155 bi de faturamento. Nasceu com desenhos animados e se inspirando no seu criador e o legado enorme que ele deixou, criou extensões para diferentes negócios que juntos e em torno da mesma essência compõe um império do sonho: cinema, parques, cruzeiros, restaurantes, produtos de consumo, licenciamentos.
A Disney também se adapta, renova e inova, trazendo novas atrações que atendam aos desejos do seu novo consumidor, como “Pandora”, que recria o ambiente de Avatar e através de experiências em realidade virtual, 4D, que literalmente te fazem sentir a emoção de voar sobre a água, atravessar montanhas ou um jardim inalando o aroma das flores e sentindo a respiração de seu Na’Vi que pousa o vôo por instantes para tomar fôlego. Além disso, constantemente cria novas funcionalidades e turbina seu aplicativo, o My Disney Experience, que permite ao visitante saber, de qualquer lugar, quantos minutos de fila vai encarar para usufruir da sua próxima aventura e programar melhor o seu tempo nos parques, ou ainda agendar Fastpass+, obter rotas, fazer pedidos nos restaurantes, entre outras funções, como os novos recursos de check in online e o recém-lançado 'Digital Key' que já está funcionando no 'Disney’s Wilderness Lodge'.
Nessas férias, meu profundo respeito e admiração à The Walt Disney Co. Quando minha filha crescer continuarei voltando para cá, com meus netos.














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